A experiência ensinou ao frei Eugénio Boléo que “as nossas vidas são feitas de ciclos”, como referiu na carta de despedida que escreveu aos membros da Comunidade Católica Portuguesa de Ixelles (C.C.P.I.), em Bruxelas, por ocasião da sua passagem à reforma, depois de quatorze anos como seu Responsável Pastoral. Antes de ser ordenado padre, foi oficial da Marinha Portuguesa (fuzileiro especial) e esteve na guerra no Ultramar.
Uma experiência tão forte, que o fez repensar a sua carreira e que o levou a tomar um rumo diferente na vida. É o único padre português no meio dos portugueses na Bélgica e durante estes anos tem convivido de perto com os seus compatriotas naquele país.
Frade dominicano, Eugénio Boléo chegou à Bélgica em vésperas do Natal de 2001 e começou juntamente com treze dominicanos de sete diferentes países europeus uma nova comunidade: a Comunidade Dominicana Internacional de São Domingos, em Bruxelas. Nesta entrevista ao ‘Mundo Português’, recorda o seu percurso de vida, que o levou a entrar para a Ordem dos Pregadores (Ordem Dominicana), e da “sucessão de acontecimentos” que o fizeram descobrir que valia a pena dedicar-se à evangelização durante toda a sua vida. Fala também sobre questões de Fé e sobre os portugueses na Bélgica.
A fé esteve sempre presente na sua vida? Houve um ‘chamamento’ para se tornar padre?
Nasci e cresci numa família profundamente católica que, poderia dizer, não era do estilo tradicional da altura. Os meus pais educaram-nos, éramos nove irmãos, a querer aprender e perguntar as razões das coisas. Desde novo que me habituei a ter de enfrentar opiniões diferentes, incluindo acerca da religião.
Não considero que tenha tido um chamamento especial para me tornar padre. Penso que “Deus escreve direito por linhas tortas” e que me foi levando a pouco e pouco a ir tomando decisões, até chegar a entrar nos Dominicanos. Foram os acontecimentos que me fizeram ir evoluindo até mudar o meu objetivo de vida – de oficial da Marinha de Guerra – para religioso e padre numa Ordem de Pregadores.
Esteve na guerra onde e em que altura?
A viragem mais decisiva na minha vida deu-se durante a guerra em Angola, em 1964. Sendo imediato, tive de ficar a comandar um Destacamento de Fuzileiros Especiais (75 homens) em zonas nevrálgicas, no norte de Angola (na zona do rio Zaire) e em Cabinda (Lagoa do Massabi). Essa experiência foi tão forte que me fez repensar a vida. Uma constatação que me impressionou foi ver como a esmagadora maioria dos jovens com a minha idade, entre fuzileiros e civis, tinham tanto receio de Deus. Viam-nO como um castigador, que incute medo. Comecei então a pensar que valia a pena que me dedicasse a ajudar as pessoas a descobrirem que o que elas pensavam sobre Deus, era completamente diferente do que Jesus tinha ensinado e no qual eu acreditava.
Estava em zonas fronteiriças com países que eram hostis a Portugal e que davam apoio aos grupos de guerrilheiros angolanos que nós combatíamos. Tínhamos assim de ter muito contato com os serviços de informações e de contra-informações. Também acontecia fazermos prisioneiros durante as operações e patrulhas. Outra questão era a colaboração com os serviços especializados em “tirar informações” aos prisioneiros, usando, muitas vezes a tortura. Como comandante do Destacamento passei, apenas com 26 anos, a ter acesso ao “lado invisível” da guerra. Eu recebia informações e tinha de tomar decisões a que normalmente só se tem acesso quando se é muito mais velho.
Quem é confrontado com atrocidades em ambientes de guerra, é mais normal que ponha em questão a existência e a bondade de Deus.
Mas, de facto, não sei por quê, a mim aconteceu-me o contrário. Foi nessa altura que comecei a acreditar, com muita força interior, que Deus era mesmo um Pai para toda a gente. Se não fosse Pai e não quisesse que tivéssemos nascido para nos realizarmos e sermos felizes, as vidas de milhões e milhões de pessoas não teriam sentido, de tal modo vivem sem dignidade e numa constante luta pela sobrevivência.
Foi acontecendo algo de inexplicável: quanto mais as circunstâncias poderiam ter denegrido a imagem de Deus em mim, mais ia crescendo a forte convicção de que para Deus cada pessoa tinha um valor inestimável.
Fazer com que as pessoas descobrissem isso, poderia mudar as suas vidas e dar-lhes muita esperança.
Ter estado na guerra deu-lhe uma perspectiva diferente da importância da paz?
Completamente diferente. Passados cinquenta anos do início da guerra em Angola, em 2011, escrevi um pequeno artigo onde dizia que “a guerra é onde os contra-valores se apresentam como valores”. Fomo-nos habituando a ver as guerras como um espetáculo com os seus combates, bombardeamentos, destruições, mortos, …
Mas pior do que isso é a nossa maneira de avaliar esses acontecimentos, a ponto de justificarmos todas as acções destruidoras de pessoas como sendo um combate justo com um inimigo, que se torna uma entidade impessoal ameaçadora e sem rosto. Convencemo-nos, ou deixamo-nos convencer que estamos a lutar para salvar grandes valores: os direitos históricos, a defesa duma civilização, a democracia, o dever de combater o terrorismo, até mesmo poupar muitas vidas com informações obtidas por torturas, etc.
Todas as violências e destruições passam a ser feitas com a consciência em paz. Os contra-valores mais destruidores ficam transformados em grande valores. E isto, estou convencido, tem acontecido em todas as guerras. A meu ver é uma profunda degradação humana. O que vivi intensamente fez-me descobrir como a Paz entre as pessoas é fundamental para vivermos bem neste planeta. Vi que a Paz ainda é mais necessária do que a saúde. Um doente em paz vive melhor do que uma pessoa saudável sempre em conflito.
Acreditando que Deus é Criador e Pai, reconhecemos que somos o produto de um Amor imenso e que somos criados com uma grande capacidade para amar e para viver em comunhão com os outros; mas que na maioria das pessoas essa capacidade anda adormecida ou é mal utilizada. Não podemos ficar satisfeitos com um desejo instintivo de paz. Este desejo deve ser transformado numa firme convicção pessoal e desenvolver um profundo sentido de responsabilidade pela construção da Paz.
E se acreditamos que ao longo da caminhada da vida não estamos sós, mas que Jesus está vivo conosco, experimentamos que com Ele somos capazes de fazer coisas maravilhosas muito além do que sonhávamos.
É bom descobrir que a Paz nunca está sozinha. Tem muitas amigas e amigos que a acompanham: a esperança num mundo mais humano, o bem comum, a confiança mútua, a procura da beleza, a procura do amor duradouro, a procura da justiça, o sentido da responsabilidade, a capacidade de fazer boas escolhas, a partilha, a humildade, o valor de cada pessoa e muitos outros…
A mudança de vida da Marinha para a de padre, foi rápida?
Em plena guerra no Ultramar sair da Marinha, sendo oficial de carreira – e não do serviço militar obrigatório -, só poderia acontecer por doença muito grave ou por deserção. Estavam fora dos meus planos procurar obter atestados médicos falsos ou desertar. Estava convencido que se Deus queria que fosse padre, havia de fazer com que o Ministro da Marinha me deixasse sair.
Depois dum processo difícil, tendo chegado até ao diálogo com o Ministro recebi um claro “Não, nem pensar!“ Só umas semanas mais tarde, para grande surpresa e alegria minha, ele me veio a conceder a tão desejada licença que me permitiu entrar na ordem dos Dominicanos e dar inicio ao meu noviciado. Já lá vão 50 anos.
Por quê a Ordem Dominicana?
Também não encontro nenhuma razão especial. Nessa altura não conhecia nenhum dominicano e apenas conhecia as numerosas referências a eles na História de Portugal e da Igreja. Quem me sugeriu que fosse “bater à porta” dos Dominicanos foi um bom amigo meu que tinha sido noviço dominicano no convento de Fátima e que continuava amigo dos frades pregadores. Foi assim que os conheci.
Mudei de ramo, mas por coincidência pude manter a cor branca da farda da Marinha, pois o hábito dos dominicanos também é branco.
Apesar de conhecer alguns padres seculares que muito contribuíram para a minha formação cristã desde criança – Manuel de Almeida Trindade, Manuel Vieira Pinto e Alberto Neto, entre outros – tinha o desejo de entrar numa Ordem religiosa onde a oração e a evangelização tivessem um lugar importante.
O que define a Ordem Dominicana?
O nome oficial é Ordem dos Pregadores, que deu origem a uma grande Família com variados ramos: monjas de clausura, frades, leigos (adultos e jovens) e religiosas de vida ativa. Espalhados pelos cinco Continentes, reúnem-se em mosteiros, conventos, fraternidades, congregações, famílias, equipas e movimentos. Na origem desta Ordem e da Família que dela nasceu está um homem cuja vida teve uma extraordinária fecundidade evangélica: Domingos de Gusmão (1170-1221). A Ordem foi fundada em 1215, estando a festejar-se presentemente os seus 800 anos. Os dominicanos chegaram a Portugal em 1217.
Na carta que o Papa de então escreveu a Domingos diz-se: “para que vos entregueis à proclamação da Palavra de Deus, evangelizando pelo mundo inteiro o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo”. A Ordem foi instituída especialmente pela necessidade que havia da pregação. Até então, na Igreja Católica apenas os bispos pregavam, como no tempo dos Apóstolos, e por isso, como os padres não podiam pregar, a grande maioria dos cristãos durante gerações seguidas, tinham as devoções, as procissões, ouviam contar as vidas dos santos e praticavam os sacramentos, mas não conheciam o Evangelho. A fundação da Ordem Dominicana, juntamente com a Ordem Franciscana, criada na mesma altura, abriu um nova etapa na História da Igreja.
Portugal e Bélgica são países com relações seculares?
Sim, remontam ao primeiro rei de Portugal. D. Teresa, filha de D. Afonso Henriques casou-se em 1184 com Filipe da Alsácia, Conde da Flandres. Mas foi sobretudo em 1430, com o casamento de D. Isabel, filha de D. João I, com Filipe, o Bom, Duque de Borgonha, que se deu a primeira grande entrada de emigrantes portugueses, porque ela foi para Bélgica (então chamada Flandres) acompanhada por muitos portugueses e portuguesas.
No século XX a imigração portuguesa na Bélgica começou por volta dos anos 50 com a vinda, organizada entre os governos, de trabalhadores para as minas de carvão, e depois nos anos 60 e 70, para fugirem da pobreza e da guerra colonial. A vinda mais numerosa deu-se a partir de 1986, com a entrada de Portugal na União Européia.
De que forma o seu percurso o levou até à Bélgica, onde é o único padre português no meio dos portugueses?
Mais uma vez poderia dizer que “Deus escreve direito por linhas tortas”. Antes de vir para Bélgica em 2001, já tinha vivido cerca de oito anos em países de línguas francesa e inglesa. Também tinha colaborado intensamente a nível europeu com o ramo dos leigos da Ordem Dominicana. Quando começou a ser preparada a nova Comunidade Internacional Dominicana em Bruxelas, pediram voluntários e eu ofereci-me.
Uma parte muito importante do trabalho pastoral que passei a ter com os portugueses, para além do “tesouro” que era a catequese de crianças, jovens e adultos, foi criar “pontes” e relações humanas com as associações portuguesas, com as festas dos portugueses na Bélgica, com o consulado e a embaixada de Portugal, com o ensino da língua portuguesa e com os funcionários portugueses no Conselho, na Comissão e no Parlamento Europeu.
Como na Diocese de Bruxelas há mais de 40 comunidades católicas de origem estrangeira era preciso estabelecer contatos com elas. Por outro lado, dada a importância em Bruxelas da religião muçulmana, também foi importante conhecer e contatar com responsáveis e grupos muçulmanos. A minha função na Bélgica como pastor foi muito além de celebrar missas e sacramentos.
Em 2010 comecei a colaborar em dois programas semanais de rádio – ‘Raizes de Cá’ e ‘Constuir sobre a rocha’ – que têm sido uma experiência formidável de contato com todo o tipo de portugueses e de amigos dos portugueses.
Nos seus quase 15 anos na Bélgica, acompanhou os portugueses. A comunidade portuguesa mudou?
A designação de “comunidade” portuguesa que se usa constantemente na comunicação social e nos discursos políticos não me parece muito adequada. De facto, na Bélgica como noutros países não há propriamente uma “comunidade” portuguesa . Há portugueses e luso-descendentes que na prática têm muito pouco em comum, muitas vezes nem sequer o uso da língua portuguesa.
Apesar de haver, felizmente, algumas exceções, dum lado temos os chamados “imigrantes”, dos quais fazem parte sobretudo trabalhadores da construção civil e empregadas domésticas e porteiras, e do outro os chamados “expatriados” que incluem os funcionários da União Europeia e os quadros de grandes empresas. São dois grupos distintos que vivem em mundos completamente separados.
No que diz respeito aos trabalhadores portugueses nota-se que têm feito um grande evolução social e cultural desde que aqui chegaram.
As comunas de Ixelles e de Saint-Gilles continuam a ter uma concentração de cafés, restaurantes, lojas e até associações portuguesas. Até há um largo com uma estátua do Fernando Pessoa. Mas os portugueses, sobretudo na região de Bruxelas, vão estando cada vez mais espalhados. Já não se pode dizer que em Bruxelas há uma “lusotown”.
A última estatística oficial do governo belga, de 2010, refere que a população de origem portuguesa aumentou 45% na Flandres. Muitos dos portugueses que estão na Bélgica há 15, 20 anos ou mais, depois de terem casa própria em Portugal, desejam também comprar uma casa na Bélgica, pois os filhos e os netos vão continuar a viver no país. Vão então residir nas comunas flamengas à volta de Bruxelas, onde as casas são a preços mais acessíveis. A título de exemplo: as famílias das cerca de 150 crianças e jovens que estavam na catequese em Ixelles em 2015, viviam em 31 comunas diferentes, embora a cidade de Bruxelas tenha apenas 19. Para virem até à igreja muitos pais têm de fazer mais de 10 ou 15 quilómetros
Atualmente, em Bruxelas, a grande maioria dos trabalhadores e trabalhadoras portugueses são oriundos sobretudo dos distritos de Viseu e de Vila Real. Há também uma imigração dos anos 60 e 70 que veio do Alentejo. Nesta imigração, uns foram chamando os outros e por isso, quando chegavam tinham pessoas conhecidas e familiares que lhes iam dando os apoios indispensáveis.
Há agora um fenómeno novo: os que chegaram nos últimos quatro ou cinco anos que não só não têm apoios familiares na Bélgica, como também não sabem falar a língua francesa e ainda menos o flamengo. Como estavam em situações difíceis em Portugal, acreditaram em promessas e vieram para “tentar a sua sorte”. Então começam as dificuldades, por vezes intransponíveis, e os dramas pessoais e familiares vão surgindo.
A meu ver é preciso dizer-lhes: “não vão para a Bélgica apenas com promessas vagas de trabalho e de alojamento”. Grande parte não consegue trabalho declarado e vai aceitando trabalhos precários e não declarados, ficando completamente dependentes de pessoas que as vão explorar. Além disso o processo de aluguer de casa exige muita burocracia e os preços são elevados.
Para ajudá-los, há serviços de voluntários, quer portugueses, quer belgas, como o ‘SOS a quem chega’ e outros, mas que não têm mãos a medir para ajudar. Há também outro tipo de imigração recente que é composta de jovens qualificados, por exemplo enfermeiras e engenheiros entre outros, que conseguem trabalho declarado e com boas condições económicas. Ainda é cedo para ver se vão ficar pela Bélgica.
Quanto aos trabalhadores da construção civil contratados por empresas portuguesas e a trabalhar em grandes obras, uma grande parte passa aqui apenas alguns meses enquanto há trabalho. Só uma pequena parte consegue ficar pela Bélgica. Como as leis a nível europeu estão a mudar, vamos ver qual será o futuro desta imigração na Bélgica.
Desde 1986, há também uns milhares de portugueses que são funcionários na União Europeia.
Há pouco falou no “tesouro” que é a catequese. Não se referia apenas à questão dos ensinamentos religiosos…
As duas comunidades católicas portuguesas em Bruxelas têm uma catequese de oito anos. É caso único entre as Comunidades Católicas de origem estrangeira, que só em Bruxelas são mais de 40.
As catequeses portuguesas são bem organizadas. O que se verifica nestes últimos anos é que a percentagem de crianças que tem aulas de língua e cultura portuguesas vai diminuindo. Assim, sobretudo as crianças mais novas, não só têm um vocabulário muito reduzido em português, mas sobretudo não sabem ler, nem escrever na nossa língua.
Ora, os catecismos utilizados são em língua portuguesa, o que torna a comunicação entre catequistas e crianças muito mais difícil, obrigando a tradução constante. Além disso, se pensam e falam todo o dia em francês, como é que vão conseguir rezar na língua dos pais, que já não é a deles? Podem decorar fórmulas, mas sem terem uma comunicação pessoal com Jesus. Na vida quotidiana das famílias não há práticas cristãs como seja: oração, ler a Bíblia, discutir questões de fé ligadas à vida do dia-a-dia. É para mim um grande desafio ajudar as pessoas a viverem a sua fé também em família.
Este é o Ano Santo da Misericórdia, decidido pelo Papa Francisco e que se prolonga até 20 de novembro de 2016. Mas o que é ser misericordioso?
Se é difícil de explicar o significado de “ser misericordioso”, felizmente os gestos e as atitudes de verdadeira misericórdia são bem entendidos pelas pessoas que os recebem.
Um gesto vale bem mil palavras. Apenas duas situações de que fui testemunha.
Um jovem casal português vive num apartamento em Bruxelas. Tem uma vizinha que foi fazer várias queixas contra eles ao administrador do prédio. O casal começou a detestar essa vizinha, que só lhes estava a levantar problemas. Um dia a mulher disse ao marido que no fim-de-semana ia convidar a vizinha irritante par almoçar em casa deles. A vizinha ficou muitíssimo espantada. Foi, conversaram, e no final já o ambiente entre eles era diferente. Uns dias depois a vizinha foi levar-lhes um vaso com flores e agradecer-lhes.
Outra situação: Um casal português batizou um filho na igreja portuguesa e a seguir foram para um restaurante perto da igreja. À saída da igreja, um velho pedinte, pede uma moedinha para comer. O pai da criança disse-lhe simplesmente: ”Venha almoçar connosco”. Ele foi e eu fiquei ao lado dele e senti bem o cheiro de quem não costuma lavar-se. Os convidados estavam muito espantados, mas não disseram nada. O homem almoçou bem e foi-se embora. O pai da criança fez exatamente o que Jesus fazia.
Sem dizer palavra deu-me a mim e aos convidados uma grande lição de Evangelho, que valeu por muitos sermões. Um gesto de misericórdia é mais eloquente que muitas palavras.
Ana Grácio Pinto
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