A Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela morte neuronal em determinadas partes do cérebro, com algumas causas ainda por determinar. À medida que a Doença de Alzheimer vai afetando as várias áreas cerebrais, vão-se perdendo certas funções ou capacidades.
“A par da memória – que é geralmente o domínio mais prejudicado e primeiramente valorizado – também se verificam muitas vezes alterações comportamentais/emocionais e alterações percetivas. Apesar desta patologia ser predominantemente cognitiva, podem existir também alterações motoras (diminuição da mobilidade, alteração do padrão de marcha e diminuição do equilíbrio) que são muitas vezes desvalorizadas por se associarem apenas ao avançar da idade”, refere Mariana Mateus, fisioterapeuta do NeuroSer, Centro de Diagnóstico e Terapias dedicado às doenças neurológicas.
A incidência e prevalência de demência e de Doença de Alzheimer aumentam com a idade, duplicando a cada cinco anos após a sexta década de vida. Portugal é um país envelhecido, previsivelmente com um número crescente de casos de Doença de Alzheimer. “Também existem casos com início mais precoce (30, 40 ou 50 anos), apesar de serem menos frequentes. Regra geral, esta doença desenvolve-se a partir dos 65 anos, com a incidência a aumentar significativamente a partir dos 80”, explica a neuropsicóloga do NeuroSer Margarida Rebolo.
A doença de Alzheimer é uma doença crónica e irreversível – uma vez desenvolvida não há tratamento que a cure ou elimine. No entanto, a terapeuta ocupacional Ana Matias Gonçalves lembra que “existem fármacos que ajudam a minorar a sintomatologia e também abordagens não-farmacológicas que permitem que a pessoa possa, de forma adaptada, continuar a realizar as suas rotinas durante um maior período de tempo”. A especialista do NeuroSer destaca também a importância do apoio do cuidador para capacitar a família a lidar da melhor forma com as dificuldades do dia-a-dia.
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