Lisboa vai ampliar a rede de ciclovias. O objetivo é chegar a 2018 com mais 150 quilómetros destinados a esta forma de mobilidade, avançou o vereador da Estrutura Verde da Câmara de Lisboa.
Esta foi uma das novidades apresentadas pela autarquia no decorrer da conferência a conferência ‘Mobilidade Sustentável em Lisboa’, que teve lugar esta quarta-feira no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa.
Realizada em colaboração com a EMEL e a Lisboa E-Nova, no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade 2016, reuniu especialistas, decisores políticos e empresas do setor dos transportes públicos e da mobilidade.
Unir Lisboa aos concelhos vizinhos
A rede de ciclovias da capital, que atualmente tem 60 quilómetros, deverá contará com mais 150 quilómetros até 2018. Segundo o vereador da Estrutura Verde da Câmara de Lisboa, o Eixo Marginal, Eixo Benfica-Braço de Prata, Eixo Circular Exterior, Eixo Alcântara-Luz, Eixo Central e Eixo Olivais, constituirão a Rede Principal.
Projetada para ser “segura, amigável, funcional e com sinalética específica à semelhança da rede do Metropolitano”, a rede de ciclovias pretende “unir a cidade”, mas igualmente unir Lisboa aos concelhos vizinhos, destacou Sá Fernandes.
Em aberto está a possibilidade de ligações aos municípios de Loures, Amadora, Odivelas e Oeiras, através de Monsanto e da frente ribeirinha. “Muitos dos municípios já têm os troços feitos, às vezes basta uni-los”, referiu o vereador acrescentando que esta é uma rede pensada para todos os utilizadores, “até para quem, como eu, tem medo de andar no meio do trânsito”, assegurou.
Avenida da República, Avenida Fontes Pereira de Melo, Avenida Praia da Vitória, Avenida Rovisco Pais, Alameda dos Oceanos, Avenida 24 de julho, são alguns dos locais onde já estão a decorrer os trabalhos. O objetivo, segundo Sá Fernandes, passa por articular esta rede com os transportes públicos, bons passeios e estacionamento para as bicicletas.
De acordo com a Direção Municipal de Mobilidade e Transportes, a cidade de Lisboa tem atualmente 1 770 quilómetros de betuminoso, 60 quilómetros de rede ciclável, 9 469 passadeiras, 74.639 sinais de trânsito, 720 semáforos, 21 radares, 22 câmaras de visualização de tráfego, cinco painéis de mensagem variável.
Ainda durante a conferência, o vereador do Planeamento, Urbanismo, Reabilitação Urbana, Espaço Público, Património e Obras Municipais revelou que está em curso um “programa de forte ampliação da rede de parques de estacionamento”, em particular os que “possam ser dissuasores e para residentes”. Segundo Manuel Salgado, o programa prevê, durante o ano de 2017, a criação de mais de quatro mil lugares de estacionamento.
Lisboa é “uma das poucas cidades europeias em que a população duplica diariamente”, disse o vereador, revelando que cerca de 400 mil carros entram diariamente na capital, na sua maioria apenas com um ocupante. Em cada três carros a circular em Lisboa, dois vêm de fora e o estacionamento destes carros, ocupa “uma área equivalente e cerca de 1400 campos de futebol”, alertou.
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