Em Portugal, só nos primeiros quatro meses deste ano, o número de casos ultrapassou todos os da última década
O número de casos de sarampo em Portugal ultrapassou, nos primeiros quatro meses deste ano, os da última década, segundo dados de vários relatórios da Direção-geral da Saúde (DGS).
De acordo com os vários relatórios sobre doenças de declaração obrigatória, entre elas o sarampo, entre 2006 e 2014, Portugal registou 19 casos de sarampo – quase todos importados – quando, desde janeiro deste ano até hoje, já houve 23 casos.
A DGS alertou no passado dia 17, para a necessidade de os pais vacinarem os filhos “sem hesitação”. Segundo a DGS, dos 23 casos notificados, 11 foram confirmados pelo Instituto Ricardo Jorge e os restantes 12 estão ainda em fase de investigação.
A imprensa no fim de semana revelou que há seis casos de internamento por sarampo na região de Lisboa, um dos quais uma adolescente que teve de ser transferida em estado grave de Cascais para o Hospital D. Estefânia. Segundo divulgou o semanário ‘Expresso’, a transferência foi feita para o Hospital D. Estefânia porque era a única unidade “com quartos de pressão negativa e cuidados intensivos necessários para este tipo de situações”.
Citando a diretora-geral do Hospital de Cascais revelou ainda que a jovem faz parte de um grupo de seis casos de menores que deram entrada em Cascais com sarampo. A primeira infeção terá sido detetada numa criança de 13 meses, não vacinada, que deu entrada no hospital a 27 de março, tendo depois contagiado cinco funcionárias, que como estavam vacinadas tiveram a doença mas de forma mais leve.
O sarampo é uma das doenças infeciosas mais contagiosas, podendo provocar doença grave ou mesmo a morte. É evitável pela vacinação e está, há vários anos, controlada em Portugal.
Consideram-se já protegidas contra o sarampo as pessoas que tiveram a doença ou que têm duas doses da vacina, no caso dos menores de 18, e uma dose quando se trata de adultos.
Mais de 500 casos de sarampo foram reportados só este ano na Europa, afetando pelo menos sete países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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